Dinâmica Trienal_


Encaramos esta candidatura como um grande Desafio, daquele que para muitos, à primeira vista, parece ser impossível, mas que com trabalho e persistência se vai tornando cada vez mais simples, tanto para nós como candidatos como para toda a região.

Para nós nada melhor para simbolizar o decorrer dos próximos 3 anos que o Cubo de Rubik ou Cubo Mágico. O Cubo Mágico é um quebra-cabeça tridimensional, inventado em 1974 pelo professor de arquitetura húngaro Ernõ Rubik.

Na primeira tentativa de resolução do Cubo Mágico, pelo próprio criador, este demorou um mês para o resolver. No total, o número de combinações possíveis do Cubo Mágico é de 43 252 003 274 489 860 000.

O Cubo Mágico, pela imensa quantidade de combinações possíveis, representa na perfeição a vontade que temos de mudar o escutismo na nossa região. Com ele é possível representar cada um dos nossos escuteiros e familiares, num envolvimento global de toda a família escutista da região, com uma única finalidade, superarmo-nos.

supera-TE +” é o lema que queremos utilizar para esta candidatura. A única forma de melhorarmos e de chegarmos mais longe é superarmo-nos dia após dia. É essa a proposta feita no projeto educativo dos nossos escuteiros e é isso que queremos para a nossa região também.

A Patrulha, onde tudo no escutismo começa e onde nós nos devemos focar mais para a correta aplicação do método. Neste sentido, para o primeiro ano queremos focar-nos em cada um dos nossos escuteiros, em cada uma das nossas patrulhas e criar bases para suportar tudo o resto. Este pequeno grupo que constitui a patrulha, é o que mais força dá ao CNE e é este grupo que deve ser o motivo para manter o escutismo vivo.

Escolhemos como herói João de Deus. Um ilustre algarvio, natural de S. Bartolomeu de Messines, presente no Panteão Nacional. Conhecido pelos trabalhos que desenvolveu na pedagogia, ajudando os educadores a ensinar crianças a ler. Um pedagogo reconhecido, que também se preocupou com as bases da sociedade portuguesa.

É nele que nos inspiramos, e como ele, queremos apostar num maior apoio aos dirigentes, que diariamente trabalham com os escuteiros da nossa região, disponibilizando todas as ferramentas necessárias para uma correta aplicação do método escutista nas patrulhas e desta forma conseguirem lançar o lema a todos os escuteiros: supera-TE mais!

Uma vez dados os passos juntos em patrulha, temos a necessidade de focar na estrutura seguinte que suporta todo o Movimento Escutista no nosso país, os Agrupamentos. Com isto nasce o desafio do segundo ano, supera-TE + em Agrupamento!

Neste segundo ano é nossa intenção trabalhar diretamente com as estruturas locais, facultando e dinamizando ferramentas para que no seu todo o agrupamento funcione corretamente, tanto pedagógica como administrativamente.

Para este ano contamos também com a heroína Beatriz Ângelo. Pioneira enquanto mulher, sendo a primeira cirurgiã e a primeira mulher a votar em Portugal.

Superou-se ao tornar-se médica e a ser a primeira mulher a fazer uma cirurgia no hospital S. José. Mulher de estudos, conseguiu que lhe fosse reconhecido o título de chefe de família, o que lhe permitiu que fosse a primeira mulher em Portugal a integrar os cadernos eleitorais, fazendo dela a primeira mulher a exercer o direito de voto, nas eleições de 1911.

Como Beatriz Ângelo, queremos que cada um dos nossos agrupamentos sejam parte ativa do mesmo, lançando o mote de supera-TE + em Agrupamento!

Quando as bases estiverem lançadas e o trabalho feito nas patrulhas e agrupamentos, seguiremos o desafio a nível regional, para que seja possível afirmarmo-nos como uma região sólida, unida e dinâmica, onde todas as nossas patrulhas e agrupamentos vivem o escutismo na sua essência. É aqui que todos os escuteiros da região são desafiados a unirem-se e a superar-se em agrupamento.

Para o último ano temos como heroína a Chiara Lubich. Ela, que defendeu a cultura da unidade, uma sociedade fraterna, universal, respeitadora. Enquanto mulher leiga, conseguiu que alguns temas fossem abordados pelo Concílio Vaticano II. Ela defendeu a aproximação entre civilizações e um mundo multiétnico, multicultural e multirreligioso.

“Mulher de fé intrépida, mensageira de esperança e paz”, foi como Bento XVI a definiu.

É com Chiara no horizonte que queremos que o terceiro ano seja de partilha e fraternidade.

Queremos uma região unida nas suas diferenças. Um Algarve dinâmico, interligado, inclusivo, em comunhão.

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